A cidade que de que falamos não é uma cidade qualquer. É a nossa cidade. É do Porto que falamos. É de nós que falamos.
É negligência cívica adiar por mais tempo a construção de uma imagem de clareza e de justiça e enfraquecer a vitalidade de uma alternativa.
É negligência cívica adiar a urgência de propostas que reinventem a participação nos processos de decisão, desde a formulação e aplicação de orçamentos até à definição das grandes intervenções urbanísticas e ambientais.
É negligência cívica adiar a acção descentralizada e pluridisciplinar ao nível das freguesias e dos bairros.
É negligência cívica adiar um projecto de internacionalização da cidade que se quer simultaneamente identitária e cosmopolita, firme nas suas raízes mas aberta à interpelação da diferença social, de género, de etnia e orientação sexual – uma cidade de cidadãos e cidadãs do mundo a partir daqui e de agora.
É negligência cívica adiar o resgate da cidade plural e popular, inclemente com os poderosos, amiga do emprego e dos serviços públicos, solidária e redistributiva.
Os signatários apelam ao envolvimento de todas e todos num profundo processo de mudança e de ruptura com os interesses há muito instalados e com o conservadorismo persecutório e clientelar. A re-apropriação da cidade pelos cidadãos tem que obedecer a uma nova lógica de partilha de recursos, de pensar a cidade no diálogo e tensão crítica entre as pessoas e entre estas e o território que habitam.
Sem se considerarem detentores de qualquer verdade, convocam os cidadãos e cidadãs do Porto, portugueses e estrangeiros, a assinarem este manifesto que desaguará brevemente numa ampla reunião plenária e posteriormente num fórum de debate e concretização duma alternativa justa, solidária e insurgente.
2 comments:
E é por isso que nós as duas subscrevemos o manifesto (à força).
"Foi bonita a festa pá!
Fiquei contente...
Ainda guardo, renitente, um velho cravo de jardim!"
é verdade é verdade, subscrevemos sem o saber... mas wherever... é por uma boa causa!
POORTTOOOOO!!!
Post a Comment